Os quatro presos na “Operação Rota Final”, deflagrada na última quarta-feira (25) pela Delegacia Fazendária, prestam depoimento nesta sexta-feira (27) no Ministério Público Eleitoral (MPE). Os depoimentos começam a partir das 8h30, na sede das promotorias, e devem se arrastar por todo o dia.
Estão presos por conta da operação o empresário Eder Augusto Pinheiro, dono da Verde Transportes, os diretores da empresa, Max William Barros e Wagner Ávila do Nascimento, além do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros (Setromat).
Segundo informações, existe a possibilidade deles serem liberados após os depoimentos, já que o prazo final da prisão temporária se expira na próxima segunda-feira (30). Caso contrário, o Ministério Público pode pedir a prorrogação das prisões por mais 5 dias, ou até mesmo, pedir a preventiva, que teria que ser analisada pelo desembargador Guiomar Teodoro Borges.
O processo ainda tem como citados o ex-presidente da Ager, Eduardo Moura, o presidente interino da autarquia, Luís Arnaldo Faria de Melo, o secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte Monteiro, e os deputados estaduais Pedro Satélite (PSD) e Dilmar dal Bosco (DEM).
ROTA FINAL
A operação Rota Final cumpriu quatro mandados de prisão temporária nesta quarta-feira e outros de busca e apreensão autorizados pelo desembargador Guiomar Teodoro Borges. Os presos são: Éder Augusto Pinheiro, Júlio César Sales Lima, Max Willian de Barros Lima, Wagner Ávila do Nascimento, apontados como líderes do esquema.
Entre os que tiveram busca e apreensão, está o ex-presidente da Ager, Eduardo Moura. Ele teve seu aparelho celular recolhido pela Defaz.
Apesar de terem seus nomes citados, Dilmar, Satélite e Duarte não foram alvos da operação. Eles devem prestar esclarecimentos durante o inquérito.
Em sua decisão, o desembargador explicou que o inquérito foi autorizado diante dos indícios de corrupção, sonegação fiscal e fraude em licitação. Guiomar destacou que as colaborações premiadas do ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e o ex-secretário, Pedro Nadaf, confirmaram terem recebido vantagens indevidas de Éder Pinheiro para frustrar a implementação do novo sistema de transporte na gestão anterior.